Cisplatyl

Princípio ativo:
Classe: antineoplásicos

Como anticancerígeno, quer como droga única, quer associado com outros fármacos antitumorais nos tumores metastáticos do testículo e do ovário, nos carcinomas das células escamosas da cabeça e do epitélio de transição da bexiga, nos tumores pulmonares e em crianças portadoras de osteossarcoma e neuroblastoma.

Toxicidade renal: é ligada à dose e pode manifestar-se por elevação dos níveis de uréia, creatinina ou ácido úrico e/ou por redução do clearance de creatinina. A disfunção renal tem sido associada a dano tubular e foi observada em alguns pacientes após dose única de 50 mg/m2. A função renal deve retornar ao normal antes da administração de outra dose de Cisplatyl. Ototoxicidade: tem sido observada em cerca de 31% dos pacientes tratados com uma única dose de Cisplatyl (50 mg/m2) e manifesta-se por zumbido ou deficiência auditiva para altas freqüências (4.000 a 8.000 Hz); ocasionalmente, tal deficiência pode ocorrer para tons de conversação habitual. Os efeitos ototóxicos parecem ser mais severos em crianças. A perda auditiva pode ser uni ou bilateral e tende a ser mais freqüente e severa com doses repetidas. Ainda é incerto se a ototoxicidade da cisplatina é reversível. Exames audiométricos devem ser repetidos periodicamente durante o tratamento. Toxicidade hematológica: mielossupressão ocorre em 25 a 30% dos pacientes tratados com Cisplatyl. Traduz-se por leucopenia, trombocitopenia e/ou anemia, em geral, ocorrendo em torno da 3ª semana, com a recuperação se efetuando entre a 5ª e 6ª semana. Toxicidade gastrintestinal: náuseas e vômitos ocorrem em quase todos os pacientes tratados com Cisplatyl e, às vezes, são tão severos que se torna obrigatória a descontinuação da droga. Em geral, ocorrem dentro de uma a quatro horas depois do tratamento e podem durar até 24 horas. Certo grau de anorexia e náusea pode persistir por até uma semana depois do tratamento. Hiperuricemia: ocorre aproximadamente com a mesma freqüência que a elevação de uréia e creatinina plasmáticas. É mais pronunciada após doses superiores a 50 mg/m2 e seu pico sérico ocorre geralmente entre 3 a 5 dias depois da dose. A terapêutica com alopurinol reduz efetivamente os níveis de ácido úrico. Neurotoxicidade: neuropatias periféricas têm sido observadas, principalmente após tratamentos prolongados (4 a 7 meses). Alterações de paladar e sensibilidade também têm sido descritas. A terapêutica com Cisplatyl deve ser descontinuada se qualquer destes sintomas aparecerem. Existem evidências de que a neuropatia pode ser irreversível em alguns pacientes. Reações tipo anafiláticas podem ocorrer nos minutos seguintes à administração do medicamento: edema facial, dispnéia, taquicardia, hipotensão. O uso de adrenalina, corticóides ou anti-histamínicos controlam estes efeitos. Alterações eletrolíticas: hipomagnesemia, hipocalcemia, hipocalemia e hipofosfatemia têm sido relatadas e estão, provavelmente, relacionadas ao dano tubular renal. Outras alterações podem ocorrer, embora infreqüentemente: anormalidades cardíacas, anorexia e elevação de transaminases.

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