Princípio ativo: halotano
Classe: anestésicos sistêmicos
HALOTANO HOECHST é indicado para anestesia de inalação para cirurgias de todos tipos e para procedimentos diagnósticos.
Coração e circulação: HALOTANO HOECHST tem uma ação dilatadora sobre os vasos sanguíneos, mais evidente na pele pela presença das veias superficiais. A pressão sanguínea pode cair durante indução ou manutenção da anestesia com HALOTANO HOECHST. Contanto que a reação hipotensiva não seja devida a uma perda do volume sanguíneo circulante (por exemplo hemorragia, desidratação), a mesma será diretamente proporcional à concentração de HALOTANO HOECHST e será associada com bradicardia e finalmente com inotropismo negativo. Neste caso é necessário diminuir a concentração de HALOTANO HOECHST ou interrompê-lo completamente e corrigir a hipovolemia (por transfusão de sangue ou infusão de substitutos do plasma ou outras soluções). Podem ocorrer arritmias principalmente se simpatomiméticos forem usados concomitantemente (ver também Interações medicamentosas).
Respiração: Como outros anestésicos de inalação, HALOTANO HOECHST em altas concentrações pode deprimir a respiração; neste caso, é necessária ventilação assistida ou controlada.
Sistema Nervoso Central: Um aumento na pressão do líquor pode ocorrer. Por essa razão, uma elevação pré-existente da pressão intracraniana deve ser corrigida antes de HALOTANO HOECHST ser empregado (tratamento medicamentoso para eliminação do edema cerebral).
Útero: Na prática obstétrica deve ser considerado que HALOTANO HOECHST pode causar relaxamento do útero, especialmente em anestesia profunda. Entretanto, nos Estágios 1-2 da escala de Guedel este efeito pode ser revertido por agentes uterotônicos tais como Ocitocina. O relaxamento uterino não persiste após HALOTANO HOECHST ser eliminado do organismo e por isso, não há perigo de subseqüente hemorragia atônica. Durante curetagem uterina, a ação vasodilatadora de HALOTANO HOECHST pode causar aumento do sangramento.
Fígado: O efeito de HALOTANO HOECHST no fígado foi completamente estudado em experimentos animais. Não houve nenhuma evidência de efeitos hepatotóxicos diretos.
A experiência clínica indica que reações hepáticas devem ser esperadas em uma certa proporção de pacientes anestesiados com HALOTANO HOECHST, entre 1 em 9000 e 1 em 30000 aproximadamente. Eles geralmente começam dentro de 10 a 14 dias e são assinalados por um súbito e inexplicado aumento de temperatura, o qual pode ser seguido por icterícia transitória ou necrose hepatocelular. Após anestesia repetida com HALOTANO HOECHST, especialmente se o intervalo for somente de poucas semanas, a probabilidade da "hepatite do Halotano" é maior que após uma única administração. Mulheres, especialmente obesas, parecem ser mais freqüentemente afetadas que homens. Não há relação entre a dose ou concentração de HALOTANO HOECHST e esta forma de dano hepatocelular.
Trato gastrintestinal: Náusea e vômito ocorrem em cerca de 5 % dos pacientes anestesiados com HALOTANO HOECHST.
Hipertermia maligna pode ser acionada por HALOTANO HOECHST, assim como por outros anestésicos, mesmo locais.
Além das medidas convencionais de emergência o uso de Dantroleno sódico por via intravenosa é recomendado.