Vincizina*cs

Princípio ativo: sulfato de vincristina

A principal indicação de Vincizina* CS (sulfato de vincristina) é o tratamento de leucemia
aguda. O produto tem-se revelado útil, também, em combinação com outros agentes
quimioterápicos, na doença de Hodgkin, linfomas malignos não-Hodgkin (tipos linfocíticos,
de células mistas, histiocíticos, não diferenciados, nodulares e difusos), rabdomiossarcoma,
neuroblastoma, tumor de Wilms, carcinoma do cérvix uterino, câncer de mama, sarcoma
osteogênico, micoses, sarcoma de Ewing, melanoma maligno, carcinoma "oat cell" do
pulmão e tumores ginecológicos da infância.

Gerais: antes do uso deste medicamento, os pacientes e seus familiares deverão ser
alertados quanto à possibilidade de ocorrência de sintomas indesejáveis. Em geral, as
reações adversas são reversíveis e relacionadas com a dose.
A mais comum é a perda de cabelos; as reações mais desagradáveis são os distúrbios
neuromusculares.
Quando são administradas as doses únicas semanais recomendadas, reações adversas
como leucopenia, dor neurítica e constipação são geralmente de curta duração (menos de 7
dias). Com a diminuição da dose, essas reações podem diminuir ou desaparecer. A
gravidade de tais reações parece aumentar quando a quantidade de fármaco calculado é
administrada em doses divididas.
Outras reações adversas, tais como a perda de cabelo, perda de sensibilidade, parestesia,
dificuldade na marcha, perda dos reflexos tendinosos profundos e de massa muscular,
podem permanecer pelo menos enquanto durar o tratamento. A disfunção generalizada
sensorial e motora pode agravar-se progressivamente com a continuação do tratamento. Na
maioria dos casos, as reações adversas desapareceram por volta da sexta semana após a
suspensão do tratamento; porém, em alguns pacientes, as dificuldades neuromusculares
podem persistir por períodos mais prolongados. O cabelo pode voltar a crescer durante a
terapia de manutenção.
Foram relatadas as seguintes reações adversas:
Neurológicas: a neurotoxicidade é o efeito adverso dose-limitante mais comum.
Freqüentemente, há uma seqüência no aparecimento das reações adversas
neuromusculares. Inicialmente, nota-se apenas diminuição sensorial e parestesia. Se o
tratamento for mantido podem surgir dor neurítica e, posteriormente, motora. Não foi, ainda,
relatada a existência de algum fármaco que possa reverter as manifestações
neuromusculares que acompanham a terapia com sulfato de vincristina. Em casos onde
mesmo com aparecimento da dor a medicação não foi suspensa, houve perda dos reflexos
tendinosos profundos, queda do pé, ataxia e paralisia. Distúrbios relacionados aos nervos
cranianos, incluindo paresia isolada e/ou paralisia dos músculos controlados pelos nervos
cranianos motores podem ocorrer na ausência de insuficiência motora; os músculos extraoculares
e laríngeos são os mais comumente envolvidos. Dor no maxilar, na faringe, nas
glândulas parótidas, nos ossos, nas costas, nos membros inferiores e superiores e mialgias
foram relatadas, sendo que as dores nessas áreas podem ser graves.
Foram relatadas convulsões, freqüentemente com hipertensão, em poucos pacientes que
estavam recebendo sulfato de vincristina. Em crianças, diversos casos de convulsões foram
seguidos por coma.
Há relatos de cegueira cortical transitória e atrofia óptica com cegueira.
Hipersensibilidade: raros casos de reações alérgicas, tais como anafilaxia, erupção e
edema, temporariamente relacionados à terapia com vincristina, foram relatados em
pacientes recebendo vincristina como parte de poliquimioterapia.
Gastrintestinais: ocorreram constipação, cólicas abdominais, perda de peso, náuseas,
vômitos, ulcerações orais, diarréia, íleo paralítico, necrose e/ou perfuração intestinal e
anorexia. A constipação pode levar a obstrução do colo ascendente e, no exame físico, o
reto pode encontrar-se vazio. A dor abdominal ou cólica, na presença de um reto vazio,
pode confundir o médico. Uma radiografia simples do abdome é útil para demonstrar essa
condição. Todos os casos responderam ao tratamento com laxativos e enemas.
Recomenda-se um regime profilático rotineiro contra a constipação para todos os pacientes
recebendo sulfato de vincristina. Pode ocorrer íleo paralítico, mimetizando "abdome
cirúrgico", particularmente em crianças pequenas. Esse quadro resolve-se com a
interrupção temporária do tratamento com sulfato de vincristina e com tratamento
sintomático.
Renais: foram relatadas poliúria, disúria e retenção urinária devido à atonia da bexiga.
Outros fármacos conhecidos por causarem retenção urinária (particularmente em idosos)
devem, se possível, ser temporariamente suspensos durante os primeiros dias após a
administração de sulfato de vincristina.
Hematológicas: o sulfato de vincristina parece não exercer qualquer efeito constante ou
significativo sobre as plaquetas ou hemácias. A depressão grave da medula óssea não é,
geralmente, o maior fator dose-limitante. Contudo, foram relatadas anemia, leucopenia e
trombocitopenia. A trombocitopenia, se presente quando a terapia com o sulfato de
vincristina é iniciada, pode melhorar efetivamente antes do aparecimento da remissão da
medula.
Outras: ocorreram hipertensão e hipotensão. As combinações de quimioterápicos que
incluem o sulfato de vincristina, quando administradas a pacientes que foram previamente
tratados com radioterapia do mediastino, estão associadas com doenças coronárias e infarto
do miocárdio. Não se estabeleceu a causalidade. Foram observadas raras ocorrências de
uma síndrome atribuída à secreção inapropriada do hormônio antidiurético em pacientes
tratados com sulfato de vincristina. Essa síndrome caracteriza-se por uma elevada excreção
urinária de sódio na presença de hiponatremia e na ausência de doença renal ou suprarenal,
hipotensão, desidratação, azotemia e edema clínico. Com a privação hídrica ocorre
melhora na hiponatremia e na perda renal de sódio. Foram relatadas, também, alopecia,
erupções cutâneas, febre e cefaléia.
Reações adversas pulmonares: vide "Advertências e Precauções".

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